Previsões para o Brasil no Ano Novo Astrológico de 2025

Uma análise sobre o ingresso solar em Áries de 2025

No dia 20 de março de 2025 às 6:02 (horário de Brasília), o Sol ingressa em Áries, primeiro signo do zodíaco, inaugurando um novo ano astrológico que se estenderá até março de 2026. O mapa calculado para nossa capital conta com Peixes no Ascendente, finalmente quebrando o ciclo de signos cardinais que viemos tendo há alguns anos. Na prática, isso indica que teremos que abrir somente um mapa complementar desta vez, que será quando o Sol ingressar em Libra. Esse segundo mapa obedece ao primeiro, que vou apresentar hoje a vocês, mas ele trará informações extras que poderemos ler a partir de setembro. Por enquanto, vamos focar no ISA (ingresso solar em Áries) e suas implicações para o Brasil.

O Ascendente a 25º de Peixes nos apresenta ao novo ano, recebendo uma influência muito próxima de Saturno, regente das casas 11 e 12. De início, percebemos uma tônica difícil, visto que Saturno é um maléfico fora de seita. Isso traz um peso para o ciclo, mostrando necessidade de observação e resiliência para além do que já é comum a um país de capitalismo tardio como o nosso. Segundo Abu Ma’shar (VIII), essa é uma configuração que aponta para um “ano de fome”, porém pelo quadro geral do mapa não penso que as coisas cheguem a esse ponto. É fato que a conjunção com o Nodo Norte indica medo e obstinação por segurança, inclusive econômica, o que pode levar alguns grupos a estocarem produtos ou gastarem menos, mas isso não significa que a economia do país será um desastre, embora existirão crises pontuais (também devido ao cenário global - Vênus regendo o a 8 em contra-antíscia com o Ascendente) e revisões monetárias/cambiais/taxativas importantes marcadas pelos planetas retrógrados na casa 2 e a conjunção de Marte em Câncer com o Lote da Fortuna na 5, o que indica prejuízo em colheitas e outros insumos. Ainda assim, o lugar do Sol exaltado no ISA mostra que teremos fortes aliados, ofereceremos produtos importantes ao mundo e atrairemos investimentos estratégicos, garantindo algum crescimento, embora menor que o ano passado: não vamos ficar a ver navios!

Voltando a Saturno, ele está alinhado à estrela Markab, a mesma que ficou ativa no Ingresso Solar do ano do golpe de 64. As coisas não seguirão esse caminho, mas como Saturno rege a 11, o Congresso e os militares devem se impor com mais firmeza e se envolver em agressões. Boa parte dos conflitos serão motivados por ressentimentos (trígono de Marte em Câncer), mas trazem derrota a quem quebrar o decoro. Já enquanto regente da 12, Saturno vai escancarar nossas sombras até para quem se recusa a enxergá-las, sendo uma época insustentável para hipócritas e figuras vaidosas: muita gente que antes se colocava como deus ou messias vai “cair do cavalo”, um outro significado da Markab, estrela de Pegasus.

Por fim, se a astrometereologia ainda valer alguma coisa em tempos de loucura crise climática, o ano deve ser marcado por algumas ondas de frio mais fortes do que o normal.

Júpiter, regente do Ascendente e do Meio do Céu, posiciona-se na 4, direcionando sua atenção à terra, meio ambiente e propriedades. Enquanto escrevo este texto, o governo estuda ampliar o programa Minha Casa, Minha Vida, o que se mostra favorável astrologicamente. Sobre os desastres, não devem ocorrer problemas tão extensos quanto aqueles que vimos no ISA de 2024, mas não significa que não teremos mazelas marcantes, como o retorno de incêndios, uma vez que Mercúrio rege a 4 e está retrógrado e combusto em signo ígneo. O que alivia a tensão é a presença de Júpiter, que mesmo exilado traz algum milagre e compensação (e não podemos esquecer que ele ingressará em Câncer esse ano!). Uma vez posicionado atrás do Fundo do Céu (26º de Gêmeos), leio seus significados mesclados à 3, indicando fortalecimento das relações com os países vizinhos, debates sobre fronteiras e transportes e reinvenções midiáticas.

Com a quadratura de Saturno ao MC, o ano começa difícil para o presidente, indicando tanto o aumento de pressão dos opositores, com ameaças físicas, quanto novas ausências pelo estado de saúde ou questões pessoais. Conseguindo atravessar essas turbulências (o que não é possível garantir), a segunda metade do ano astrológico lhe será bem mais promissora.

Outro fator preocupante é a presença de Marte em Câncer conjunto à estrela Castor na casa 5. Como já mencionei outras vezes, Marte em Câncer está relacionado ao crescimento de acidentes estranhos e ataques covardes pelo mundo. Na 5 do ISA para o Brasil, acende o alerta para escolas, locais infantis, festas, shows, artistas, eventos esportivos etc. Além de reger a 2 e abalar a economia, rege a 9 e desafia juízes e religiosos, podendo alguns saírem de suas cadeiras.

A Lua rege a 5 e está em Sagitário na 10 (mesclada à 9, por se encontrar muito atrás do MC). Isso mantém a visibilidade artística e esportiva no cenário internacional que o Brasil vem ganhando de uns tempos para cá. Ao sair de um trígono com a Vênus retrógada e se aplicar a outro com o Mercúrio também retrógrado, leva o povo a observar com mais cautela os eventos passados que nos trouxeram aqui. Também é sinal de mais rebeldia, inconformidade e retorno de tendências ou movimentos.

A maneira como a sociedade e as instituições reagirem a tais eventos, definirá o modo como vamos abordar o mapa do Ingresso Solar em Libra em 20 de setembro de 2025. Até lá, observemos como as coisas se desenrolarão…

Guilherme de Carli

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